quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Bolas para os Carros!

7 de Setembro de 2009 às 9h15, primeiro dia de trabalho depois de um mês de férias. Acordar com despertador já não é nada bom mas teve de ser, alguém tem de pagar a boa vida! Pego no carro, tudo bem até uns metros à frente, de repente começa a engasgar-se e depois pára mesmo. – Que estranho! Já na reserva! Entre um solavanco e outro consigo chegar a uma bomba de gasolina. – Boa! Pensei eu. Não dá para acreditar que numa bomba de gasolina não exista gasolina pois não? Mas o que vale é que pessoal como eu, habituada a peripécias, ande sempre prevenido com um garrafão de 5 litros no carro. Depois de empurrar o carro para um local menos ao meio da bomba, aí fui eu até à bomba mais próxima com o garrafão na mão e a minha mini-saia nova, bem na moda. 6€ de gasolina e uma empregada desconfiada, foi o que deixei nessa curta visita. Durante o caminho de volta ao meu carro pensei: - Bem, uma aventurinha tão curta que nem vai dar para escrever duas linhas. Coitadinha, ainda não sabia o que me esperava. - E agora? Como é que vou despejar isto lá para dentro? As empregadas com a vontade típica de uma manhã de segunda-feira pouco se importaram. – Ok! Vai mesmo com o catálogo dos pontos bem enrolado. Já tinha visto muitos homens das castanhas a fazer o cartucho, por isso foi fácil. – Enquanto a gasolina escorria para dentro da minha máquina, até me sentia bem por ter um início de regresso ao trabalho um bocadinho diferente, gosto pouco de rotinas e contar estas aventurinhas ficam sempre bem numa mesa de café animada. Pois é! Só que o valioso líquido que entrava pelo funil improvisado saia por outro orifício em baixo do carro que me começava a molhar os pés. – Ai! Não estou a acreditar! O meu carro estava aflito e urinou-se! Como é óbvio algo de errado se tinha passado, alguma coisa rota, um problema com o depósito, qualquer coisa…e precisava dos serviços de um mecânico urgentemente. Neste momento sim, as empregadas mostraram preocupação, não comigo é claro, mas com o alcatrão onde ficaram derramados os meus 6€ de gasolina. Entre a ginástica que tive de fazer, para tentar perceber o que se passava por debaixo do carro, sem mostrar as cuecas ou sem ficar numa posição obscena susceptível de provocar algum choque moral aos mais fracos intelectualmente (ou seja: preconceituosos), tive a brilhante ideia de contactar o meu mecânico. Não estava disponível mas sugeriu que tentasse resolver o problema numa daquelas oficinas ali perto, e assim fiz. Muito prestável foi o jovem mecânico, pois claro! Com uma miúda gira de mini-saia ali à frente! Não é que chamasse muito à atenção mas com tantos cartazes de gajas nuas, uma mulher com cara de gaiata e umas pernas jeitosas já não é nada mau! Pegou num tubo e disse: - Isso deve ter sido algum gatuno que cortou o tubo para roubar a gasolina! Dirigimo-nos ao carro. Não! Não era o tubo, era mesmo o depósito furado. O meu carro tinha sido vítima de vandalismos durante a noite! E assim foi iniciada outra estratégia para a resolução do problema, um reboque! A espera foi curta e bem agradável, pois o namorado mulato já me estava a fazer companhia e fomos o entretimento dos que esperavam para pagar a sua conta na bomba de gasolina, porque a tranquilidade que nos envolve não nos permite ficar mais de dois segundos sem nos beijarmos ou sorrirmos como duas crianças. O reboque chegou. - Para onde querem ir? Eu pensei: Que raio de pergunta é esta, mas respondi: - para um sítio onde arranjem o depósito do carro é claro! Lá fomos! A partir daqui a aventura foi com o namorado mulato que é um querido e eu tive de ir trabalhar. Para o primeiro dia de trabalho chegar três horas atrasada, para mim… não é muito!!
Talvez devesse agora acabar o relato com uma moral qualquer ou com uma frase bonita mas como fiquei cansada logo no primeiro dia de trabalho depois de um mês de férias, falta-me agora inspiração e sinceramente nem me apetece muito. Porque o resumo da historia toda é que fui roubada e ainda vou ter que pagar o estrago para poder continuar a andar de cu tremido enquanto alguém deu uma voltinha de carro à minha pala! E isto logo no primeiro dia de trabalho depois de um mês de férias! Não me canso de repetir estas ultima palavras, é que estou um bocado lixada… para não dizer a outra palavra que começa com “fu” acaba com “da” e no meio tem “di”

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